TRF1: Garante Benefício a Criança com TEA: Reconhecimento de Impedimento de Longa Duração
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8/13/20253 min read


Imagine a luta de uma família em busca de garantir o direito essencial de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). Uma jornada marcada por incertezas, obstáculos burocráticos e um sistema muitas vezes inacessível. No entanto, graças a uma decisão histórica da 9ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), essa história teve um final diferente.
O que mudou?
O Tribunal não apenas reconheceu a importância do BPC para a criança com TEA, mas também validou, de forma clara e definitiva, que o autismo é um impedimento de longa duração. Essa decisão não apenas impacta o caso em questão, mas abre as portas para milhares de famílias que enfrentam a mesma luta, ajudando a eliminar dúvidas sobre a permanência da condição e o direito ao benefício.
Por que essa vitória é tão importante?
O relator do caso, desembargador federal Euler de Almeida, destacou que o BPC é uma ferramenta essencial para pessoas com deficiência ou idosos que não têm condições de se sustentar. O Estado entra em ação apenas quando a família não pode garantir o suporte necessário, um direito amparado pela legislação e pela Constituição.
Essa decisão é mais do que um simples processo legal. Ela é um passo decisivo para garantir que muitas outras famílias, que já enfrentam desafios diários com o autismo, possam finalmente ver reconhecido o seu direito ao amparo. O TRF1, ao negar por unanimidade o recurso do INSS, fortaleceu a possibilidade de redução da resistência administrativa, facilitando a vida de todos aqueles que ainda se veem barrados nas portas do INSS.
O que você precisa saber sobre o BPC e o autismo?
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista têm, sim, direito ao BPC, desde que cumpram dois requisitos fundamentais:
🔹 Comprovar a deficiência com impedimento de longo prazo, o que é claramente identificado pelo diagnóstico do TEA.
🔹 Demonstrar vulnerabilidade socioeconômica, ou seja, não ter condições financeiras de se manter, nem contar com o suporte de familiares para garantir o sustento, conforme os limites de renda definidos pela lei.
Por que o INSS nega o benefício?
Muitas vezes, o INSS nega o BPC a pessoas com autismo, mas as razões vão muito além do diagnóstico. Na maioria dos casos, a negativa se dá devido à avaliação de que a renda familiar ultrapassa o limite legal, à falta de documentos ou laudos médicos precisos, ou até mesmo pela falha nas perícias sociais. Há também uma interpretação restritiva da legislação, o que gera uma barreira para a concessão de direitos legítimos.
O que isso significa para você e para o futuro?
Essa decisão do TRF1 não apenas trouxe justiça para uma família, mas também iluminou o caminho para muitas outras. Agora, com a clara definição de que o autismo é um impedimento de longa duração, esperamos que o INSS repense sua postura e facilite o acesso ao benefício para tantas outras crianças e adultos com TEA.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando essa situação, não deixe de buscar seus direitos.
Essa vitória mostra que, com o conhecimento certo e a busca incansável por justiça, podemos transformar a realidade das famílias que mais precisam. Se você acredita que tem direito ao BPC, não hesite em lutar por ele. A mudança começa com você, e agora, mais do que nunca, é possível conquistar o que é justo.
O futuro das pessoas com TEA depende do reconhecimento de seus direitos. Seja a voz que faz a diferença.
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