Participação Final nos Aquestos: Como Funciona Esse Regime?
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6/12/20254 min read


O regime de participação final nos aquestos é uma das opções menos conhecidas e menos comuns entre os regimes de bens no Brasil, mas pode ser uma ótima alternativa para casais que buscam um equilíbrio entre a separação de bens e a comunhão de bens. Se você está se perguntando como funciona esse regime e se ele é adequado para o seu casamento, este post irá esclarecer tudo o que você precisa saber.
O Que é o Regime de Participação Final nos Aquestos?
No regime de participação final nos aquestos, os bens adquiridos durante o casamento são, inicialmente, separados. Ou seja, durante o casamento, cada cônjuge é o único proprietário dos bens que adquiriu. No entanto, em caso de separação ou divórcio, há uma divisão dos bens adquiridos pelo casal, proporcionalmente ao que cada um contribuiu durante o matrimônio.
Ou seja, os bens adquiridos durante o casamento são compartilhados no final da união, mas apenas no momento da dissolução do casamento. Esse regime oferece a vantagem de manter a separação de bens enquanto o casamento está ativo, mas permite uma divisão justa no caso de divórcio.
Como Funciona na Prática?
Durante o Casamento: Durante o casamento, cada cônjuge mantém a posse e a administração de seus próprios bens adquiridos individualmente. Por exemplo, se um dos cônjuges comprar um imóvel ou um carro durante o casamento, ele será o único proprietário desse bem.
Em Caso de Separação ou Divórcio: Ao final do casamento, os bens adquiridos durante o matrimônio são avaliados. O que é considerado para divisão são os bens adquiridos onerosamente durante a união, ou seja, aqueles bens adquiridos com esforço de ambos os cônjuges.
Divisão Proporcional: A divisão desses bens ocorre de forma proporcional ao que cada cônjuge contribuiu para a aquisição deles. Por exemplo, se um cônjuge contribuiu com mais recursos para a aquisição de um imóvel, ele receberá uma parte maior no valor total do bem.
Exclusões: Bens adquiridos antes do casamento, doações e heranças não entram na divisão final. Assim, cada cônjuge mantém o que já possuía antes de se casar, sem que haja qualquer tipo de partilha sobre esses bens.
Vantagens da Participação Final nos Aquestos
Equilíbrio entre Separação e Comunhão: O principal benefício desse regime é que ele oferece o melhor dos dois mundos. Durante o casamento, os bens permanecem separados, mas, no final, há uma divisão justa dos bens adquiridos durante a união. Isso pode ser vantajoso para casais que buscam manter certa independência financeira durante o casamento, mas que desejam compartilhar os bens adquiridos em conjunto ao final da relação.
Flexibilidade: Ao escolher esse regime, o casal tem maior flexibilidade. Ele permite que ambos os cônjuges mantenham sua autonomia financeira, mas também garante que, em caso de separação ou divórcio, o esforço conjunto seja recompensado de forma justa.
Proteção para o Cônjuge Menos Contribuinte: Em casamentos onde um cônjuge não tem renda própria ou contribui de forma mais discreta, esse regime oferece proteção, já que ele pode ter direito a uma parte proporcional dos bens adquiridos pelo outro cônjuge.
Desvantagens do Regime de Participação Final nos Aquestos
Complexidade em Caso de Divórcio: Como esse regime exige a avaliação de quanto cada cônjuge contribuiu para a aquisição dos bens, a partilha pode ser mais complexa e demandar mais tempo e custos, especialmente quando o casal tem muitos bens ou patrimônios adquiridos.
Possível Desentendimento sobre Contribuições: Em alguns casos, pode ser difícil avaliar com precisão as contribuições de cada cônjuge, o que pode gerar conflitos durante o processo de divórcio.
Necessidade de Pacto Antenupcial: Para que o regime de participação final nos aquestos seja válido, é necessário que o casal formalize sua escolha por meio de um pacto antenupcial registrado em cartório. Caso contrário, o regime será o de comunhão parcial de bens.
Em Quais Situações o Regime de Participação Final nos Aquestos Pode Ser Ideal?
Esse regime é ideal para casais que:
Desejam manter seus bens separados durante o casamento, mas querem uma divisão justa no final da união.
Têm uma grande diferença patrimonial entre si e querem garantir que o cônjuge com menos recursos seja compensado por suas contribuições ao longo do casamento.
Preferem uma solução mais justa e equilibrada, sem que haja a necessidade de dividir tudo, como no caso da comunhão total de bens.
Como Escolher o Regime de Bens Ideal?
A escolha do regime de bens deve ser feita com muita reflexão e, de preferência, com o auxílio de um advogado especializado em Direito de Família. Cada regime tem características específicas que atendem a diferentes necessidades e situações do casal.
Se você está considerando o regime de participação final nos aquestos ou qualquer outro tipo de regime de bens, é fundamental que ambos os cônjuges conversem e alinhem suas expectativas financeiras e patrimoniais.
Entre em contato com a Dra. Érica Patrícia Rischtter, OAB 72703, para obter uma orientação jurídica especializada sobre regimes de bens e outros aspectos do Direito de Família.
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